Por Karina Arruda
No mês de janeiro, em apenas uma semana de atividades, a Secretaria de Estado de Cultura (SEC/MT), em parceria com o Espaço Vitória, ofereceu seis cursos inteiramente gratuitos à comunidade e atendeu o total de 221 alunos. O número ultrapassa o limite de vagas oferecido inicialmente, que equivalia a 120.
As atividades, oferecidas no Pavilhão das Artes, são resultado da parceria firmada entre a SEC/MT e o Espaço Vitória – ponto de cultura do Instituto Centro de Vida. Segundo Erlon Bispo, coordenador do Espaço Vitória, a parceria surgiu com o objetivo de atingir um público maior e mais diversificado, de diferentes regiões da baixada cuiabana. “A localização do Pavilhão das Artes facilita a democratização das atividades”, afirma o coordenador.
Para Erlon o resultado da parceria tem sido positivo. “Me parece uma fórmula que vem funcionando e que pode funcionar ainda por um bom tempo. Nós estamos conciliando uma programação descentralizada, na periferia, em conjunto com as atividades do Pavilhão das Artes e do Espaço Vitória. O Pavilhão, além de oferecer seu espaço, está trazendo seus instrutores, artistas de renome na cidade, para os bairros da capital”.
Oficinas de cerâmica, desenho e pintura, fotografia, teatro e construção de blog, foram as atividades oferecidas em janeiro no Pavilhão das Artes e nos bairros Verdão, Nova Esperança e Três Barras. A Oficina do Olhar – Fotografia, ministrada pelo renomado fotógrafo Fábio Motta, reuniu 32 alunos no Pavilhão das Artes.
Pessoas com idades e objetivos diversos, se reuniram, de 23 a 27 de janeiro, para aprender a arte de fotografar com Fábio Motta. João Carlos Grisoste, 22 anos, um dos alunos do Fábio, afirma que procurou a oficina para melhorar as suas produções audiovisuais. “Eu pensei que se eu melhorasse a fotografia poderia melhorar as minhas produções de vídeo. Questão de plano, de cor, um enquadramento melhor, o foco. Então eu vim estudar fotografia pra melhorar o vídeo que eu faço”.
O ator André D’Lucca, assim como João Carlos, procurou a oficina de fotografia para aplicar os conceitos nas produções audiovisuais que pretende realizar. Para André, a oficina é uma oportunidade de aprender a arte da fotografia e diminuir os custos das produções audiovisuais. “Eu quero fazer curtas e para isso eu quero entender todo o processo da linguagem fotográfica. E o Fábio Motta é super bem recomendado e conceituado. A plástica das fotos dele são ótimas. Todo mundo gosta do trabalho do Fábio. Então foi uma oportunidade incrível, e ainda sem custos”.
Entre o público da oficina, estiveram crianças, jovens, adultos e idosos. Francisca Clara de Oliveira, 60 anos, é assistente social aposentada e demonstra que não são apenas os artistas que procuram as atividades oferecidas no Pavilhão das Artes. “Eu estou querendo aproveitar pra me dedicar as estudos da arte depois de aposentada, já que agora eu tenho tempo. E a fotografia é uma coisa que me encanta porque eu posso tirar uma foto e ela servir de matéria-prima pra eu fazer um desenho ou uma pintura”, afirma dona Francisca.
As atividades, oferecidas mensalmente através do Pavilhão das Artes, têm transformado o espaço num centro agregador de artistas e amantes da arte em geral. O centro cultural fica localizado no prédio onde fundou-se a primeira escola de Cuiabá, o Palácio da Instrução. Na região central, hoje o espaço abriga também a Biblioteca Pública Estadual Estevão de Mendonça. As inscrições para as atividades do Pavilhão das Artes podem ser feitas pelo site pavilhaodasartes.com ou pelo telefone 3613-9230.
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